Na terceira reunião ordinária do Conselho Consultivo do Trânsito (CCT) realizada este ano, foram apresentados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), o Relatório Final da consulta pública e o Documento do Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030). A DSAT referiu que, durante a consulta pública, foram recolhidos 1.611 conjuntos de opiniões. Após organização e classificação dos mesmos, foi compilado o total de 20.840 opiniões concretas. As opiniões recolhidas apoiaram, em geral, o teor proposto pelo Governo no documento de consulta, sendo 74% de apoio geral.

O Relatório Final da consulta pública e o Documento do Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030) foram divulgados no dia 8 de Dezembro. Conforme as opiniões recolhidas, os temas que receberam mais atenção foram, respectivamente, “Aumento das passagens pedonais” e “Empenho no desenvolvimento do transporte por carril”, enquanto o tema mais apoiado pela sociedade é o do desenvolvimento dos “Autocarros inteligentes”, o do “Melhoramento do tráfego junto dos postos fronteiriços” e o do “Estacionamento inteligente”. Nos próximos dez anos, o Governo da RAEM promoverá ordenadamente a construção da rede do transporte por carril, aumentando o comprimento do traçado do metro ligeiro para os 24 km, perfazendo um total de 21 estações.

Relativamente à rede pedonal, o documento de consulta propõe que sejam construídas e planeadas passagens pedonais e passagens superiores para peões que percorrem cerca de 10 km. Actualmente, os serviços competentes estão a planear a construção da passagem superiores para peões na Avenida do Nordeste, esperando-se que no próximo ano sejam divulgadas as informações sobre o projecto e o início da obra. A DSAT acredita que a construção dos acessos pedonais e das passagens superiores para peões permitirá uma separação mais eficaz entre peões e veículos, de modo a garantir a segurança na travessia pedonal e a eficácia da circulação pedonal e rodoviária.

Além disso, a DSAT apresentou ainda, durante a reunião, a breve situação das obras viárias realizadas este ano e no próximo. Em relação ao plano anual de obras de 2022, a taxa de execução é de cerca de 60%, o número das obras viárias iniciadas entre Janeiro e Outubro de 2022 é semelhante ao do período homólogo de 2021, no entanto, houve uma redução de 15% em escavação repetida e um aumento de 15% em execução conjunta de obras. No passado, as entidades de interesse público e os serviços públicos tinham incluído, antecipadamente, as obras com baixa probabilidade de execução no relatório anual de obras, resultando numa baixa taxa de execução das obras. Após coordenação, as respectivas entidades e os serviços públicos integraram as obras com maior probabilidade de execução no relatório de actividades do próximo ano, pelo que, em comparação com o corrente ano, as obras previstas para o próximo ano diminuiram em cerca de 30%. Assim sendo, serão agendadas para o próximo ano 204 obras, das quais 40 de grande dimensão.