Durante a 2.ª sessão plenária de 2016 do Conselho Consultivo do Trânsito (CCT), presidida pelo Sr. Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, os representantes da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) apresentaram a revisão intercalar da Política Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2010-2020). De entre as 61 medidas constantes na política, 74 % (ou seja, 45 medidas) encontram-se em implementação e 18% parcialmente implementadas. A meta de controlar o crescimento anual de veículos abaixo de 4% foi alcançada, registando um aumento, no ano passado, de 3,8%. A DSAT pretende diminuir este crescimento anual para 3,5%, nos próximos cinco anos.
Aumento do número de passageiros dos autocarros representa, para os vogais, prova da eficiência da política de controlo do crescimento de veículos
Quando comparado com o mesmo período de 2015, nos primeiros sete meses do corrente ano, o número total de passageiros e o de partidas, dos autocarros públicos, aumentou 3,2% e 7%, respectivamente. O número diário de passageiros, dos meses de Maio a Julho deste ano foi, em média, 30 mil mais do que o do mesmo período do ano passado, tendo sido registado, em Julho de 2016, cerca de 580 mil passageiros diariamente. Feitas as contas, das 24 carreiras disponíveis, 22 carreiras transportavam, cada uma delas, mais de 10 mil passageiros por dia, e as restantes duas, quase 30 mil. Efectuam-se, actualmente, mais de 10 mil partidas por dia, capazes de transportar, eventualmente, mais de 610 mil passageiros, ou seja, 10% mais do que em 2015. Prevê-se um crescimento contínuo no número de passageiros. De tal forma que, para responder à procura, a DSAT irá melhorar a rede de cobertura, efectuar partidas adicionais durante a hora de ponta, com recurso a veículos de maior dimensão.
Defendendo a necessidade do governo reforçar o controlo do crescimento de veículos, através de meios como o abate de veículos obsoletos, alguns vogais citaram o aumento no número de autocarros e seus passageiros como prova da preferência crescente dos habitantes pelo transporte público, contra o uso de veículo particular. Outros utilizaram a redução de 37%, 50% e 25%, no número de matrícula de veículos motorizados, automóveis ligeiros e ciclomotores/motociclos, respectivamente, nos primeiros sete meses do corrente ano face ao mesmo período do ano passado, e o aumento anual de apenas 1,7% no número de veículos motorizados, como exemplo da eficácia da política de controlo do crescimento de veículos.
Alguns vogais apresentaram sugestões ao governo para a resolução do problema de estacionamento concentrado dos autocarros e dos de turismo, de forma a prestar melhores condições aos motoristas destes veículos, desde a instalação de casas de banho móveis ao quiosque de descanso. Sugeriram ainda que é necessário estimular os jovens a optarem por esta profissão, dando apoio à eleição dos melhores motoristas e trabalhadores do sector de autocarros públicos. Por fim, apontaram que é necessário incluir as companhias de autocarros na discussão sobre a instalação de terminais de autocarros nos novos aterros urbanos e a criação das respectivas carreiras.
Sugeridas aberturas provisórias para evitar escavações repetidas
Segundo a DSAT, de entre as 92 obras viárias na Taipa, 23 estão em andamento e 34 serão lançadas sucessivamente. Reconhecendo a necessidade das obras urgentes, alguns vogais defenderam uma melhor divulgação das respectivas informações junto do público. Outros vogais, preocupados com o impacto no trânsito, propuseram ao governo reservar aberturas provisórias para futura colocação de cabos e canalização, a fim de evitar escavações repetidas. A DSAT respondeu ser viável a concretização da proposta nos novos aterros urbanos, mas não nos bairros antigos devido aos vários cabos e canalizações existentes. Explicou também que as obras de grande envergadura dividem-se em fases e ocupam diferentes troços da via, possibilitando desta forma a circulação do trânsito mesmo durante a sua realização.
Por fim, foi apresentada a substituição dos mais de 11.000 parquímetros existentes na via pública, com início previsto para o meio do próximo mês e conclusão em dois anos. Cada novo parquímetro passará a gerir vários lugares de estacionamento, aceitando pagamento por moedas de cinco patacas e cartão porta-moedas..